O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,9% em maio deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa queda, que é a décima consecutiva, é mais acentuada do que a registrada no mês anterior (-4,8%) e a maior desde agosto de 2009 (-13,8%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda foi provocada pela diminuição do otimismo dos empresários da área de serviços tanto em relação ao presente quanto aos próximos meses. O Índice de Expectativas, que avalia as perspectivas para o futuro, caiu 4,1% em maio. A proporção de empresas que preveem melhora nos negócios caiu de 51,9%, em maio de 2011, para 46,2%, em maio deste ano, enquanto o percentual das que esperam piora passou de 3,3% para 4,4% do total.
Já o Índice da Situação Atual diminuiu 8,1%, queda influenciada principalmente pela percepção pior dos empresários em relação à demanda atual. Das 2.668 empresas consultadas, 20,1% avaliam a demanda atual como forte ante 26,3% há um ano atrás; enquanto 18,6% a consideram fraca (ante 13,9%).
Segundo nota da FGV, a queda do ICS "confirma o cenário de atividade econômica evoluindo de forma moderada, sugerindo que as seguidas medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo não mostraram até aqui efeitos mais claros sobre o setor de serviços, algo que pode ocorrer ao longo do segundo semestre".