O índice de confiança do comércio da FGV (Fundação Getulio Vargas) caiu 3,4% no trimestre entre maio e junho ante 2011, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2). O indicador trimestral ficou em 125,3 pontos em 2012, ante 129,8 pontos no ano passado.
O índice trimestral foi um pouco melhor que no trimestre entre abril e junho, quando a queda foi de 3,7%.
Segundo a FGV, o resultado sinaliza que a atividade econômica do setor continua em ritmo ligeiramente mais lento que no mesmo período do ano passado e a suave melhora foi influenciada principalmente pelo resultado do varejo.
Entre junho e julho, houve melhora em nove dos 17 segmentos pesquisados. No segmento de veículos, motos e peças, a evolução foi favorável pelo segundo mês consecutivo, embora as taxas continuem mais negativas que a média do setor. A taxa de julho foi negativa em 4,5%, ante queda de 6,7% em junho.
No segmento de materiais para construção, a queda se acentuou, chegando a 9,1% em julho (ante 5,4% no mês anterior).
Situação atual e expectativa
O índice da situação atual médio do trimestre maio-julho ficou 2,3% inferior ao do mesmo período do ano passado. Ele retrata a percepção do setor em relação à demanda atual.
Na média trimestral, 20,1% das empresas consultadas avaliaram a demanda como forte e 23,0%, como fraca. No mesmo período de 2011, as avaliações foram de 20,2% e 20,8%, respectivamente.
O índice de expectativas recuou 4,2% em julho na comparação com o ano anterior. Em junho, a queda havia sido de 4,3%.
Dos quesitos que compõem o índice, o que mede a expectativa em relação às vendas nos próximos três meses foi o que exerceu maior influência na piora da comparação interanual. Entre as empresas consultadas, 59,8% esperam aumento das vendas e 5,0%, diminuição - contra 63,0% e 4,1%, respectivamente, em 2011.