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Rio de Janeiro - O humor do consumidor voltou a mostrar os mesmos níveis apurados antes do agravamento da crise, em setembro do ano passado. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,1% em junho ante maio, na mais intensa elevação da série histórica, iniciada em 2005. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos, passou de 102,2 pontos em maio para 106,4 pontos em junho. Esse é o maior nível do índice desde setembro de 2008, auge da crise econômica global.

Para o coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, a melhora nas intenções de compra do consumidor indica uma recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

O cálculo do ICC foi feito com base em entrevistas em mais de 2 mil domicílios, entre os dias 29 de maio e 19 de junho. O índice é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou alta de 5,3%; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou aumento de 4,4%.

A melhora na confiança do consumidor em junho foi comandada por famílias de maior poder aquisitivo e moradoras de São Paulo. Somente entre as famílias com ganhos mensais acima de R$ 9,6 mil, o ICC subiu 6,7% em junho ante maio. Por sua vez, somente na cidade de São Paulo houve alta de 6,2% no índice de confiança, na mesma comparação.

Todas as respostas usadas para cálculo do ICC indicaram melhora em relação a maio. Porém, o quesito que mais pesou no saldo positivo foi o de expectativas quanto aos rumos futuros da economia nos próximos meses. A parcela dos entrevistados que apostam em melhora na situação da economia local nos próximos seis meses subiu de 28,3% para 30,9%. Já o porcentual dos que projetam piora caiu de 18,4% para 14,8%, no mesmo período.

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