O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, recuou 0,07%, em maio, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa variação mostra diminuição no ritmo de queda, já que em abril, a baixa foi mais acentuada (-0,15%).
O resultado foi influenciado pelo Índice de Preços no Atacado (IPA), que teve queda de 0,30%, mas com indicação de recuperação porque no mês anterior tinha recuado 0,44%. Os bens finais que fazem parte do IPA apresentaram queda de 0,52% ante uma alta de 0,33% no mês passado. Segundo a avaliação técnica da FGV, a desaceleração do subgrupo de alimentos in natura contribuiu para esse declínio, tendo revertido a alta de 2,83% para uma baixa de 5,31%.
O grupo de bens intermediários fechou em -0,67%, com destaque para o subgrupo de materiais e componentes para manufatura que ficou em 1,47%. Outro componente do IPA, o índice de matérias-primas brutas teve alta de 0,61%.
As principais elevações foram no milho em grão (de -3,19% para 6 30%); bovinos ( de -0,33% para 1,70%) e soja (de 3,97% para 5 13%). Ficaram mais baratos: laranja (de - 4,05% para para 13 26); fumo em folha (de 9,30% para 1,11%) e café em grão (de 0 82% para 3,23%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou, fechando em 0,42%. Dois dos sete grupos que compõem a taxa tiveram queda: alimentação de (1,13% para -0,19%) com destaque para as frutas ( de 4,49% para -5,97%), hortaliças e legumes ( de 5,46% para 0,92%) e adoçantes ( de 5,58% para -1,27%). O transportes passou de uma queda de 0,16% para (-0,21%). O recuo verificado neste grupo foi puxado pela queda de preços da gasolina ( de -0,33% para -0,81%).
Houve altas nos grupos despesas pessoais ( de 1,69% para 3,97%), com destaque para cigarros ( de 4,74% para 12,43%); habitação ( de 0,33% para 0,63%), influenciado, principalmente, pela correção da tarifa de energia elétrica ( de -0,22% para 1,81%); vestuário ( de 0,44% para 0,67%), puxado pelas roupas ( de 0,77% para 1,07%); educação, leitura e recreação ( de -0,17% para 0 03%), com destaque para a aceleração de preço da passagem aérea ( de -12,36% para 6,75%) e saúde e cuidados pessoais ( de 0,82% para 0,90%), influenciado pelos medicamentos, que tiveram os preços aumentados de 1,36% para 3,17%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também mostra recuperação com a taxa passando de uma queda de 0,01% para uma alta de 0,25%. Dos três grupos que compõem esse índice, dois tiveram acréscimos: serviços ( de 0,31% para 0,67%) e mão-de-obra ( de 0,37% para 1,39%). O terceiro grupo- materiais e equipamentos- apresentou desaceleração com variação negativa de 1,06% ante (-0,49%).