O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, abriu o mês de dezembro em queda de 0,16%, segundo informou nesta quinta-feira (10) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado revela redução mais intensa do que a observada no mesmo período do mês anterior, quando a taxa havia ficado em -0,10%. O índice acumula queda de 1,63% no ano.
O movimento foi influenciado pelos preços do atacado, que ficaram em 0,35%, depois de terem registrado 0,14%. Os bens finais tiveram redução pouco menos intensa e passaram de -0,40% para 0,30 %, com a contribuição de alimentos processados (de 2,34% para 0,76%).
Os bens intermediários, que haviam registrado baixa de 0,12% um mês antes, no primeiro decêndio de dezembro tiveram queda ainda mais forte, de 0,37%, influenciada por materiais e componentes para a manufatura (de 0,02% para 0,44%).
As matérias-primas brutas reverteram o movimento do mês anterior, quando tiveram queda de 0,35%, e apresentaram crescimento de 0,22%. As principais influências foram cana de açúcar (de 8,92% para 0,30%), milho em grão (de 3,13% para 2,26) e suínos (de 6,51% para 1,86%).
Em sentido oposto, foram registrados acréscimos em aves (de 1,75% para 2,71%), leite in natura (de 7,73% para 5,64%) e laranja (de 3,50% para 11,97%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,13% depois de ter caído 0,06% um mês antes. Houve aumento nos índices relativos a alimentos (de 0,81% para 0,24%), puxados por frutas (de 4,58% para 1,63%), laticínios (de 2,76% para 1,61%) e bebidas não alcoólicas (de 0,88% para 0,36%); vestuário (de 0,15% para 1,16%); despesas diversas (de 0,36% para 0,11%) e habitação (de 0,12% para 0,21%).
Os índices relativos aos demais grupos tiveram redução entre os dois levantamentos. São eles: transportes (de 0,73% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 0,30% para 0,21%) e educação, leitura e recreação (de 0,23% para 0,20%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que havia registrado leve alta de 0,04% em igual período do mês anterior, subiu 0,28% neste levantamento, com a influência dos preços de materiais, equipamentos e serviços (de 0,07% para 0,16%) e pelo custo da mão de obra, que subiu 0,40%. Na leitura anterior, não havia sido observada variação nesse item.
Para calcular a primeira prévia do IGP-M de dezembro, foram coletados preços no período entre 21 e 30 de novembro.
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