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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o mês de janeiro com deflação de 0,44%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a menor desde setembro de 2005, quando ficou negativa em 0,53%. O IGP-M é usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel.

A deflação do indicador também a segunda mensal consecutiva. Em dezembro, havia ficado em –0,13%.

O impulso para o recuo do IGP-M veio dos preços por atacado, que recuaram, em média, 0,95% no período. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,42%. No corte por origem, a queda veio dos produtos industriais, que ficaram 1,48% mais baratos, depois de registrarem queda de 0,48% no mês anterior. Já os produtos agrícolas subiram 0,55%, seguindo uma deflação de 0,28% em dezembro.

No corte por estágios da produção, o índice relativo aos bens finais variou -0,44%, em janeiro. Em dezembro, este grupo de produtos mostrou variação de -0,41%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo veículos e acessórios, cuja taxa de variação baixou de -0,93% para -6,45%.

Preços ao consumidor sobem

Mesmo com o recuo do IGP-M, os preços ao consumidor tiveram alta em janeiro. Um dos componentes do indicador, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação de 0,75%, em janeiro. No mês anterior, a variação havia sido de 0,58%.

A principal contribuição de alta veio do grupo educação, cuja taxa passou de 0,40% para 2,30%, puxada pelo item cursos formais, com alta de 3,67%. também tiveram alta as taxas dos grupos alimentação (de 0,82% para 0,96%), transportes (de 0,50% para 0,85%) e despesas diversas (de 0,22% para 0,36%).

Em contrapartida, os grupos habitação (de 0,45% para 0,30%), vestuário (de 0,58% para 0,22%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,71% para 0,49%) registraram decréscimos em suas taxas de variação.

Construção

Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, variação de 0,26%, acima do resultado do mês anterior, de 0,22%. Os grupos serviços e mão-de-obra apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, que passaram de 0,75% para 1,02% e de 0,03% para 0,17%, respectivamente. O grupo Materiais apresentou redução em sua taxa de variação, de 0,31% para 0,20%.

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