O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que serve como referência para reajustes em contratos de aluguel, ficou em 0,5% na primeira prévia de abril. O resultado é mais do que o dobro do observado no mesmo período do mês anterior, quando a taxa foi 0,23%. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no ano o índice acumula alta de 1,12% e, nos últimos 12 meses, de 3,29%.
Todos os subíndices que compõem o IGP-M apresentaram aumento na passagem de um mês para o outro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que contribui com 60% da taxa global, subiu de 0,21% para 0,47%. Ficaram mais caros os alimentos processados (de -0,84% para 1,33%) e algumas matérias-primas brutas, como soja em grão (de 2,23% para 7,59%) e minério de ferro (de -0,78% para 0,46%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, passou de 0,25% para 0,47% de um mês para o outro. Sete das oito classes de despesa registraram aumento em suas taxas de variação, tendo sido o principal destaque o grupo alimentação (de 0,06% para 0,46%). Nesta classe de despesa, a maior pressão partiu das carnes bovinas (de -3,13% para -0,69%).
Também pesaram mais no bolso do consumidor as despesas com vestuário (de -0,35% para 0,78%), transportes (de 0,19% para 0,39%), saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,58%), educação, leitura e recreação (de 0,09% para 0,31%), despesas diversas (de 0,17% para 0,34%) e comunicação (de 0,03% para 0,06%). Já os gastos com habitação subiram com menos intensidade no período (de 0,67% para 0,57%), influenciado pelo item empregados domésticos (de 2,83% para 2,08%).
Por último, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% do IGP-M, passou de 0,33% para 0,76%, pressionado pelo aumento no custo da mão de obra (de 0,03% para 1,08%). Já os materiais, equipamentos e serviços diminuíram o ritmo de elevação, tendo passado de 0,64% para 0,43%.
Para calcular a primeira prévia do IGP-M de abril foram coletados preços entre 21 e 31 de março.