| Foto: /

A economia brasileira entrou em uma bola de neve de atividade cada vez mais debilitada e inflação nas alturas, um quadro de fragilidade conhecido como “estagflação” que vem levando especialistas a piorarem repetidamente suas expectativas e a colocar em xeque a recuperação esperada para 2016.

CARREGANDO :)

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que a economia do país iniciou o segundo trimestre com contração pior do que o esperado, de 0,84%, em abril sobre março.

O número é resultado da fraqueza disseminada entre os setores da economia, que sucumbem à persistente confiança baixa tanto de empresários quanto de consumidores. A produção industrial registra queda após queda e o varejo, outrora ponto forte, vem fraquejando a cada mês.

Publicidade

“Isso tudo coloca 2016 em alerta. Dificulta a economia se recuperar no ano que vem, porque afeta com muita força o mercado de trabalho, arrebenta com as finanças públicas e com isso as expectativas vão se deteriorando, tanto de atividade quanto de inflação”, destacou o economista-chefe do Banco Fator José Francisco Gonçalves, que projeta contração do PIB de 1,7% neste ano e crescimento de apenas 0,2% em 2016.

Inflação

A atividade econômica fraca não vem sendo o suficiente para conter a alta dos preços, que marca recordes sucessivos.

Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial, subiu 0,99%.

“Estamos à mercê de choques. Existe uma reunião de choques que surpreendem consistentemente para cima”, disse o economista do Banco Pine, Marco Caruso, sobre a alta de preços.