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Indústria cai e Fiep vê “sinal de alerta”

Indústria do vestuário recuou quase 16% em junho. Mas, no 1º semestre, foi a que mais cresceu | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Indústria do vestuário recuou quase 16% em junho. Mas, no 1º semestre, foi a que mais cresceu (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)

O faturamento da indústria do Paraná caiu 1,1% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012. A informação foi divulgada ontem pela Fiep, a federação das indústrias do estado. O mês de junho, isoladamente, teve um resultado preocupante: as vendas industriais caíram 6,6% em relação a maio, o que a Fiep classifica como "um sinal de alerta" para o segmento.

Se o retrocesso nos números se mantiver a partir de julho, segundo economistas da instituição, a expectativa de crescimento para a indústria paranaense em 2013 – antes estimado entre 2,5% e 3% em relação a 2012 – deve ser corrigido para baixo.

A redução nas vendas em junho interrompeu uma série de três meses seguidos de crescimento. A indústria paranaense teve 17,9% de aumento de vendas em março, 10,2% em abril e 1,9% em maio.

As oscilações do primeiro semestre refletem um panorama incerto da economia brasileira, na opinião de Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Fiep. "Os números evidenciam a nebulosidade que se dissemina sobre a economia nacional", disse, no relatório mensal da entidade.

Segmentos

Dos 18 setores pesquisados pela federação, 11 perderam faturamento na passagem de maio para junho. O segmento que sofreu maior retração nessa comparação foi o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com queda de 25,9% com relação a maio.

Em seguida, os setores mais prejudicados são o de produtos de metal, com diminuição de 16,2%, e vestuário, com 15,9%. O motivo alegado para o índice baixo no ramo de vestuário foi o fim das vendas da moda outono-inverno.

Semestre

Apesar da queda em relação em maio, a indústria de roupas foi a campeã do primeiro semestre de 2013: em relação ao mesmo período do ano passado, ela faturou 42,8% mais. Na sequência, aparecem couro e calçados (alta de 20,4%) e têxteis (12%).

No outro extremo da tabela, os piores desempenhos do primeiro semestres foram os das indústrias de material eletrônico e comunicações, cujas vendas caíram 13,2%; veículos automotores (-12,2%); e edição e impressão (-11,9%).

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