Maringá – Empresários paranaenses do ramo de confecções estão tendo a oportunidade de conhecer de perto os interesses do mercado internacional. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) iniciou esta semana o Circuito de Estudos Internacionais. São consultores estrangeiros do setor que visitam o Brasil e dão orientações a atuais e futuros exportadores. O grupo, que chegou na ultima terça-feira a São Paulo, está desde ontem em Maringá e segue para Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro, até o dia 8 de novembro.

CARREGANDO :)

A primeira etapa é feita com consultores do Canadá, México, Espanha, Portugal e Alemanha, que ministram palestras para empresários e estudantes dos cursos de Moda. Os visitantes estrangeiros avaliam também a produção local, exposta em um showroom, e dão dicas sobre os ajustes necessários para atender ao mercado internacional. "Fazer e manter uma pesquisa atualizada é caro para o empresário", afirma a gerente de projetos da Abit, Geni Ribeiro. "Estamos em fase de preparação para entender a dinâmica do mercado externo."

O Circuito de Estudos Internacionais recebeu R$ 1 milhão por meio da Agência de Promoção, Exportação e Investimentos (Apex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A Abit pesquisa o mercado do vestuário em 76 países e vai trazer outros consultores no decorrer de 2006. O objetivo do programa é passar dos atuais US$ 2,8 bilhões exportados anualmente para US$ 4 bilhões em cinco anos.

Publicidade

A cadeia têxtil no Brasil movimenta US$ 25 bilhões e emprega 1,5 milhão de trabalhadores. Já o Paraná tem 4,6 mil confecções, com 125 mil profissionais que produzem 18 milhões de peças ao mês, numa movimentação de R$ 3,5 bilhões anuais.

O grupo de consultores ministrou palestra ontem em Maringá e hoje visita um showroom para analisar as roupas produzidas no pólo do Noroeste. Cada peça terá uma etiqueta com os dados e preços em dólar e euro. Entre as principais barreiras enfrentadas pelos brasileiros, estão o padrão de tamanho diferente das roupas, o não-conhecimento do clima dos países compradores e ainda o baixo valor agregado das peças. "Estamos percebendo que também é importante visitar o país para o qual se pretende exportar", observa a diretora de marketing da Paraíso Bordados, Simone Santos.