Nos primeiros três meses de 2012, a indústria de máquinas teve uma queda de 8,8% na carteira de pedidos – que passou de 17,9 semanas para atendimento em março do ano passado para 16,3 semanas no mesmo período deste ano – e mantém uma utilização da capacidade produtiva instalada abaixo da média histórica: 77,9% contra 82,1% em março de 2011, e 86,3% em março de 2008 (um ano bom para a economia brasileira como um todo). Os dados são do balanço da Associação Brasileira de Bens de Capital Mecânicos (Abimaq), divulgado nesta quarta-feira (25).

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Ainda assim, o faturamento bruto real do setor cresceu 18,8% em relação a fevereiro e 5,1% ante o primeiro trimestre de 2011, registrando R$ 7,4 bilhões e R$ 19,5 bilhões, respectivamente.

De acordo com o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, o resultado de 2012 só não foi pior em razão desempenho das exportações do setor, cujo volume total somou US$ 1 bilhão em março, 29,4% mais do que o mês de 2011 – no mesmo período as importações caíram 1,5%, mas ainda representam uma boa fatia do mercado nacional do setor (58%, com operações diretas, e 14%, com a revenda dos produtos).

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"As exportações continuam sendo impulsionadas pelas transações intercompany, e os grupos que apresentaram as maiores contribuições para o crescimento dessa variável foram máquinas para a indústria de transformação e máquinas para logística e construção civil", aponta ele.

No geral, o setor fechou o primeiro trimestre com déficit comercial de US$ 4,4 bilhões, um aumento de 7,5% no desequilíbrio entre exportações e importações em relação ao ano passado.

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