Pneus usados serão matéria-prima para produção de óleo combustível em Fazenda Rio Grande| Foto: Roberto Custódio /Jornal de Londrina

A primeira unidade da Romo Patents no Brasil será construída em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Em seis meses, a indústria de óleo combustível produzido a partir da reciclagem de pneus usados deve iniciar as atividades, processando 10 toneladas de material por dia.

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A previsão é chegar a 60 toneladas/dia no primeiro ano de produção, com geração de 90 empregos diretos e o investimento de US$ 15 milhões na construção da fábrica. A tecnologia desenvolvida na Ucrânia permite a decomposição do polímero, sem interferência de oxigênio ou poluição do meio ambiente. “O resultado é um óleo combustível limpo, com alto poder calorífico e sem enxofre, que será distribuído à usinas termoelétricas para geração de energia”, explica o diretor técnico da empresa, Dante Greca Filho.

Além da Romo Patents, outras quatro indústrias preparam a instalação de suas unidades no município de Fazenda Rio Grande. Nesta quarta-feira (1º), a administração municipal faz a cessão de 100 mil m2 em terrenos para períodos de dez anos, prorrogáveis por mais dez.

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A assinatura das escrituras consolida o programa de incentivos que a administração municipal criou, com a aprovação da Câmara dos Vereadores e do Tribunal de Contas, para atração de novos investimentos. Nesta rodada, as cinco novas empresas devem gerar, juntas, mais de mil empregos diretos e atingir um faturamento estimado em R$ 100 milhões ao ano.

A maior área, de 20 mil m2, será ocupada pela Romo Patents. A multinacional está no Brasil há dois anos e agora inicia a fase de construção de planta industrial na unidade que será instalada no Paraná.

Recém-chegadas

A Tirol, do setor de laticínios, também aderiu ao plano de incentivos e vai levar o Centro de Distribuição, responsável pelo abastecimento da região de Ponta Grossa até Paranaguá, para Fazenda Rio Grande. A obra vai exigir R$ 2 milhões em investimentos e gerar 120 empregos indiretos no primeiro ano. “Vamos trabalhar com a terceirização da entrega, contratando profissionais na região”, explica o diretor de produto, Edson Martins. O novo CD deve ocupar uma área construída de 2 mil m2.

Duas companhias da área de metal mecânico e logística – a Pedro Rocha e a Andal –, e a Terrazo, da construção civil, completam a lista das empresas recém-chegadas. Todas deverão iniciar as obras de suas unidades em até seis meses, com prazo de dois anos para conclusão.

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Outros dois terrenos, de 15 mil m2 cada um, serão licitados no início de 2016. A expectativa da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio do município é aumentar em até R$ 4 milhões o reparte do ICMS de Fazenda Rio Grande ao ano.

“Temos tido uma média de 40% de crescimento de ICMS ao ano. As negociações contemplam empresas de diferentes segmentos, para diversificar nossa planta industrial”, avalia o titular da pasta, Eloi Kuhn.