Curitiba Apesar da quebra na safra de soja, que no Paraná chegou a atingir 24,8% da produção em relação ao ano passado, a produção de óleo de soja no estado não diminuiu. Muito pelo contrário, as empresas esmagadoras do grão estão trabalhando a pleno vapor, em três turnos, com capacidade máxima, não se importando com a queda nos preços da soja em grão que teve reflexos no valor do produto industrializado.
Em relação a 2004, no mercado interno, o preço médio por tonelada do óleo de soja caiu 30,8%, passando de R$ 1.812 para R$ 1.253. No exterior, a queda foi menor e se situou em 12,7%, com a tonelada do óleo de soja sendo comercializada, em média, a US$ 480.
Para o consumidor, os preços do óleo também tiveram queda, mas não na mesma proporção daquela sentida na indústria. Em julho, os supermercados de Curitiba reduziram o preço do litro de óleo de soja em 3,81%. De janeiro a julho a queda foi de 11,68% e em 12 meses houve redução de 23,48%.
O Paraná é o estado brasileiro com maior capacidade de processamento de soja, detendo 24,1% do mercado nacional, o que representa mais de 12 milhões de toneladas. No refino de óleo de soja, o Paraná só perde para São Paulo e abocanha uma fatia de 16,2%, ou 3 mil toneladas do produto ao dia. Já na capacidade de enlatamento de óleo de soja, o Paraná possui 10% do mercado brasileiro, ficando atrás de São Paulo (30,3%), Goiás (14,7%) e Rio Grande do Sul (12,6%).
De acordo com estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove), o Brasil deve produzir 5,5 milhões de toneladas de óleo bruto e refinado de soja em 2005, o que representará um crescimento de 2,8%.
Do total de óleo de soja produzido no país, 3,1 milhões de toneladas se destinarão ao mercado interno e 2,4 milhões de toneladas para outros países, mantendo os níveis verificados em 2004.
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá, que está entre as cinco principais marcas de óleo de soja do Brasil com 15% do mercado paranaense e 6% do nacional está trabalhando com capacidade plena e também fabrica produto para a Coamo, de Campo Mourão. Segundo o superintendente comercial e industrial da Cocamar, Celso Carlos dos Santos Júnior, a cooperativa está produzindo 500 mil caixas mensais de óleo de soja, o equivalente a 44 mil toneladas mensais. Outras 50 mil caixas de óleo de soja são produzidas para atender às encomendas da Coamo.
Segundo Celso Júnior, o consumo de óleo de soja aumenta nos momentos de crise. "Com a redução do poder aquisitivo o consumidor substitui os óleos de milho, girassol ou canola pelo de soja, que é mais barato", destaca. Quanto à produção de óleo de soja para a Coamo, ele explica que se trata de uma operação vantajosa, já que, além de garantir a capacidade máxima da fábrica, oferece retorno financeiro garantido, independente da oscilação de preços.
Para a safra 2005/2006, a Abiove projeta uma receita bem menor com as exportações do complexo soja, refletindo a queda nos valores internacionais de grão, farelo e óleo e prevendo US$ 8,88 bilhões na venda dos produtos.
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