A produção industrial paranaense encerrou fevereiro com alta de 5,7% sobre o mês anterior. Na comparação com fevereiro de 2006, as fábricas do Paraná produziram 8,3% a mais. O resultado positivo se espalhou por outras regiões do país 9 das 14 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram avanço neste início de ano.
De acordo com uma análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o movimento de aceleração da indústria nos três estados do Sul é inquestionável. "Mesmo considerando que a base de referência, o ano de 2006, foi de baixo ou negativo desempenho, a expansão no Sul nos permite nutrir expectativas favoráveis de uma maior expansão industrial nesse ano", afirma o relatório. A indústria de Santa Catarina expandiu-se 3,3% e, no Rio Grande do Sul, 5,6%.
O Paraná, especificamente, foi beneficiado pela alta na produção de commodities, como o óleo de soja, além do bom desempenho do setor automobilístico. Os produtos com preços determinados em bolsas de mercadorias também foram a razão do desempenho industrial do Espírito Santo, campeão no aumento da produção (8,4%), com seu petróleo e derivados. Minas Gerais (3,3%, com minério de ferro) e Pará (7,0%, com indústria extrativa) são outros exemplos.
São Paulo, estado que detém maior peso na estrutura industrial do país, apresentou avanço de 2,3% no mês anterior, a indústria paulista recuou 0,9%. A economista Isabella Nunes, da coordenação de indústria do IBGE, observou que a expansão em bens de capital impulsionou os resultados, na comparação com fevereiro de 2006, das indústrias paulistas (com influência positiva de máquinas e equipamentos e computadores).
Quedas
As principais reduções na comparação mensal ficaram na indústria do Rio de Janeiro (-5,4%); da Bahia (-6%); do Amazonas (-6,7%); e de Goiás (-10,1%). A indústria carioca teve inclusive retração nas duas comparações. Em relação a fevereiro do ano passado, a queda de 2,1% ocorreu em razão do decréscimo na produção das indústrias extrativa e de transformação, com destaque negativo para a indústria farmacêutica (-38,2%), devido a férias coletivas, e para o setor de refino de petróleo e produção de álcool (-9,8%).