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Comércio exterior

Indústria do PR ensaia reação nas exportações

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Depois de vários anos perdendo espaço na pauta paranaense, as exportações da indústria do estado ganharam um pequeno alento no mês passado. As vendas externas de produtos manufaturados – industrializados de maior valor agregado - foram as únicas a crescer no início do ano, com embarques US$ 489 milhões, 5% a mais que em janeiro de 2012. Pressionado pela retração em semimanufaturados e produtos básicos, o total exportado pelo estado caiu 14% no mês.

O avanço dos industrializados foi destacado pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. Ela estará hoje em Curitiba, na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), onde falará sobre as perspectivas do comércio internacional.

Não está claro o porquê da reação dos manufaturados. Fazendo a ressalva de que o número de janeiro refere-se a um período de tempo muito limitado, a secretária afirmou que uma das explicações possíveis está no Reintegra, regime tributário que "devolve" às exportadoras 3% do valor embarcado.

"O câmbio também influencia, mas afeta os setores de maneiras distintas, uma vez que muitas empresas importam parte dos componentes para depois exportar o produto acabado", disse Tatiana, referindo-se ao avanço da cotação do dólar – que no mês passado esteve em média 13% mais alta que um ano antes.

Fatia menor

Em janeiro, os manufaturados responderam por metade das exportações do Paraná, fração bem superior à de igual período de 2012 (41%). No início do ano a participação da indústria geralmente é elevada, porque os embarques do setor agrícola só ganham volume mais tarde.

Mas, considerando-se os anos "cheios", a fatia dos industrializados encolheu nos últimos tempos, tanto pelo avanço da produção e dos preços de produtos básicos (como a soja) quanto pelas dificuldades enfrentadas pela indústria lá fora. Em 2011 e 2012, as exportações de manufaturados corresponderam a 38% do total, muito abaixo do pico alcançado em 2006 (57%).

Da mesma forma, as vendas para outros países perderam importância dentro das fábricas paranaenses. Segundo a Fiep, em 2008 quase 26% do faturamento da indústria veio das exportações; no ano passado, o índice caiu a 16,5%, o menor em pelo menos 14 anos.

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