Depois de recuar 1,3% de janeiro para fevereiro, a produção industrial do Paraná cresceu 5,4% na passagem de fevereiro para março o avanço mais forte dentre os 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi bem superior ao da média nacional, que registrou expansão de 0,7% no mesmo período.
Os setores que se destacaram, segundo o IBGE, foram veículos automotores (reflexo, entre outros fatores, da retomada da produção na Renault), refino de petróleo e álcool, celulose e edição e impressão.
Apesar da melhora em relação a fevereiro, os dados continuam negativos nas comparações de longo prazo. Em relação a março do ano passado, a produção caiu 4,4%, puxada por retrações em 8 das 14 atividades monitoradas. Os setores que mais impactaram foram edição, impressão e reprodução de gravações (-22,3%), alimentos (-6,1%) e de celulose, papel e produtos de papel (-4,9%).
No acumulado do ano, a perda é de 4,6% e, em 12 meses, de 7,5%.
Análise
De acordo com a economista Ana Silvia Franco, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), as quedas registradas em algumas atividades são reflexo da redução nas exportações, provocada pela contração da demanda externa, e pelo aumento nas importações, decorrente do câmbio valorizado, que reduz a competitividade do setor.
"Cumpre sublinhar também os reflexos da política econômica contra o investimento, aplicada pelo governo federal, e a interferência da base de comparação bastante apreciada dos primeiros meses de 2012", disse Ana Silvia, em nota. Mas, segundo ela, os números de março e do primeiro trimestre "começam a revelar a conformação de uma tendência de recuperação dos níveis de produção no estado".
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