A produção industrial do Paraná apresentou uma leve melhora em setembro. Houve um crescimento de 5,1% na passagem de agosto para setembro, o segundo melhor desempenho entre os estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro do ano passado, o setor teve uma retração de 7,8%, melhor do que a queda de 11,4% em agosto em relação ao mesmo mês de 2014. No ano, a indústria apresenta recuo de 7,8%.
O IBGE detectou uma melhora no setor de fabricação de máquinas e equipamentos, com alta de 7,9% na comparação com setembro de 2014, e de produtos químicos, com aceleração de 13%. Também cresceu no mês a produção de derivados de petróleo e biocombustíveis (6,5%). Nos três casos, o desempenho de setembro é melhor do que o acumulado no ano.
O setor de fabricação de veículos continua o mais afetado pela crise, com retração de 37,4% em setembro, na comparação anual. Em 2015, esse segmento enfrenta uma queda de 30,4%. Em seguida vem o setor de móveis, com retração de 29,4% em setembro e 14,4% no ano. A indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos também continuou desacelerando, com queda de 23,5% em setembro e 4,3% no acumulado do ano.
País
A produção industrial nacional teve queda de 10,9% em setembro frente ao mesmo mês do ano passado e doze estados acompanharam a redução no ritmo produtivo no país no mesmo período. Deste total, sete estados de quatro regiões do país apresentaram retração ainda mais intensa do que a média brasileira. No Rio Grande do Sul, que teve a maior taxa de redução, o recuo do índice chegou a 19,7%, seguido pela queda de 13,1% no Amazonas e de 12,8% em São Paulo.
As outras quedas estaduais mais expressivas frente a setembro do ano passado aconteceram no Ceará (-11,9%), em Santa Catarina (-11,6%), no Rio de Janeiro (-11,2%) e em Minas Gerais (-11,1%).
Já em comparação a agosto de 2015, a queda da produção da indústria na Bahia atingiu 7,6% em setembro. O índice supera expressivamente o ritmo de queda de 1,7% no mês anterior. Já a redução de 6,6% no Rio de Janeiro foia mais acentuada desde janeiro de 2012 (-12,7%), levando o estado a acumular perda de 8,2% desde o último mês de junho.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o Amazonas registrou a maior queda para o percentual do país, chegando a 14,5% frente à média nacional de 7,4% de retração no mesmo período. Dentre os doze estados que seguiram a tendência negativa, Rio Grande do Sul (-11,1%), São Paulo (-10,2%) e Ceará (-9,5%) também estão entre os mais afetados pela desaceleração industrial.
Na contramão, três estados vêm apresentando resultados predominantemente positivos para a produção industrial. O Espírito Santo, por exemplo, se destacou entre agosto e setembro, registrando crescimento da indústria de 1,3%, enquanto a média nacional ficou em -1,3%.
Com variação positiva de 12,6% frente a agosto de 2015, o Pará eliminou em setembro o recuo de 5,2% verificado no mês anterior.No Mato Grosso, a aceleração da produção chegou a 18,3% na comparação com setembro de 2014. Os dois maiores avanços do mês foram impulsionados, segundo o IBGE, em grande parte pelo comportamento positivo vindo dos produtos alimentícios e de coque, dos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e da indústria extrativa.
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