Indústria dos EUA cresce além do esperado em setembro

A atividade manufatureira dos Estados Unidos cresceu mais que o esperado em setembro, com aumento na produção e na contratação, sugerindo que o setor deve ajudar a manter a economia fora da recessão.

O Instituto para Gestão de Fornecimento disse nesta segunda-feira que o índice de atividade das fábricas nacionais subiu de 50,6 em agosto para 51,6 no mês passado. Economistas previam queda para 50,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento.

Setembro marcou o 26.º mês seguido de expansão no setor que arcou com a recuperação da economia, e os dados indicam que uma contração poderá ser evitada.

O setor manufatureiro representa cerca de 12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e quase 11 por cento dos postos de trabalho fora do setor agrícola.

CONSTRUÇÃO TAMBÉM CRESCE

Outro relatório, do Departamento de Comércio dos EUA, mostrou uma retomada inesperada no gasto com construção em agosto, com os desembolsos para projetos dos governos locais e federal aumentando fortemente.

O gasto com construção subiu 1,4 por cento, para uma taxa anualizada de 799,15 bilhões de dólares. Economistas ouvidos pela Reuters previam queda de 0,3 por cento, após declínio revisado de 1,4 por cento em julho.

Dados na semana passada mostraram que as empresas continuaram a investir em máquinas, uma tendência que, segundo economistas, deve manter a economia avançando apesar do recuo do consumo pessoal.

Os números das fábricas foram fortalecido por um aumento da contratação, que pode ser um bom sinal para o relatório de geração de emprego que será divulgado na sexta-feira.

Em agosto, a economia norte-americana não abriu vagas, deixando a taxa de desemprego em 9,1 por cento.

Outros detalhes da pesquisa com as fábricas mostram a produção se recuperando no mês passado, após a contração de agosto. Porém, o volume de novas encomendas diminuiu pelo terceiro mês seguido, podendo indicar um recuo das manufatureiras nos próximos meses.

Mas os estoques estão crescendo menos e o índice ISM considerou muito baixo o fornecimento ao consumidor, o que pode impulsionar as encomendas futuras.