Os oito feriados nacionais e os 24 estaduais em dias úteis ao longo de 2013 vão causar uma perda de R$ 42,2 bilhões à indústria brasileira - o equivalente a 3,5% do PIB industrial, de R$ 1,19 trilhão. O valor é 19% menor do que o registrado no ano passado, uma vez que 2013 terá dois feriados nacionais e três estaduais em dias úteis a menos que 2012. Os dados são do estudo "O Custo Econômico dos Feriados" divulgado nesta segunda-feira (18) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A metodologia do estudo, divulgado desde 2008, considera o Produto Interno Bruto (PIB) Industrial diário como o valor máximo que poderia ser perdido pela indústria com um dia paralisado. Segundo a Firjan, a disposição do calendário tem forte influência nos resultados porque quanto maior o número de feriados em dias de semana, maiores são as perdas para a indústria. O Estado de São Paulo, por ser o mais industrializado, terá a maior perda: R$ 14,8 bilhões. Em seguida vem o Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões).
Em termos relativos, considerando a perda em relação ao PIB, o número de feriados em cada Estado e a incidência destes em dias de semana são fatores mais determinantes.
De acordo com a federação, nesse sentido, Acre, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia, que em 2013 terão dois feriados estaduais em dias de semana, apresentam a maior perda: o prejuízo para esses estados pode chegar a 4% do PIB industrial. Com apenas um feriado em dia de semana, 16 Estados brasileiros têm perda estimada em 3,6% do PIB industrial. Em 2013, em apenas seis Estados não haverá nenhum feriado estadual em dia de semana: Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Maranhão, Tocantins e Roraima.
Nesses casos, as perdas ficarão restritas aos oito feriados nacionais em dia de semana, podendo chegar a 3,2% do PIB industrial. A Firjan destaca a importância de mudanças como a prevista no projeto de lei federal que desloca para segunda ou sexta-feira os feriados nacionais que caírem nos demais dias de semana. "Ao reduzir os prejuízos causados por "enforcamentos" e pontos facultativos, essa iniciativa certamente teria desdobramentos positivos sobre a competitividade da indústria brasileira", escreveu a federação.