Curitiba A indústria do Paraná tem apresentado comportamento diferente do comércio, que se ressente da crise que atingiu o setor agrícola no primeiro semestre do ano. A saída encontrada pela indústria paranaense para manter seu faturamento e produção em alta foi o mercado externo. Com encomendas para o exterior que garantem a produção, o setor industrial do Paraná continua contratando.
O nível de emprego na indústria paranaense cresceu 1,3% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2004. No semestre o aumento foi de 4,4% e em 12 meses houve variação positiva de 5%, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também a renda do trabalhador na indústria aumentou. Em junho sobre junho de 2004 o rendimento cresceu 2,4%.
Na indústria paranaense, as contratações foram puxadas por alimentos e bebidas (15,12%) e meios de transporte/montadoras (9,06%). Embora a indústria de calçados e couro tenha aumentado o número de empregos em 22,76%, em junho, seu peso na composição do índice é menor, explica a economista do IBGE, Isabela Nunes Pereira.
Segundo ela, o crescimento do nível de emprego na indústria de alimentos foi decorrência das exportações, principalmente de açúcar e álcool. Também o mercado externo tem contribuído para o aumento da produção de veículos no Paraná e, conseqüentemente, do nível de emprego. Um dos setores industriais que mais gera empregos no estado é o de vestuário. Em junho, este segmento ampliou o número de contratações em 5% e a folha de pagamento cresceu 4,44%.
Já o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria paranaense caiu 0,45% em junho na comparação com o mesmo mês de 2004.
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