| Foto: Agência Gazeta do Povo/ André Rodrigues

A receita líquida de vendas da indústria brasileira atingiu R$ 2,41 trilhões em 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta quarta-feira 03, a Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa e Produto, referente àquele ano. Deste montante, as grandes empresas (que empregam mais de 500 pessoas) responderam por R$ 1,6 trilhão (68, 3%, praticamente a mesma participação do ano anterior).

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Os investimentos, por sua vez, somaram R$ 197,3 bilhões, a maior parte (96,7%) em empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas. Desse montante, o maior volume foi empregado na compra de máquinas e equipamentos (47,2%). Ainda em 2012, o total dos custos e despesas das empresas industriais foi de R$ 2,5 trilhões, sendo 14,4% com gastos de pessoal e 41,3% com compra de matérias-primas.

Em termos de produto, o óleo diesel voltou a ocupar a liderança em relação ao valor de vendas, após ter sido ultrapassado pelo minério de ferro em 2011. As vendas de óleo diesel totalizaram R$ 54,092 bilhões em 2012, 2,9% do arrecadado em toda a indústria (R$ 1,868 trilhão). Em segundo lugar ficou a indústria de automóveis de cilindradas entre 1,5 mil centímetros cúbicos e 3 mil centímetros cúbicos, com vendas de R$ 46,418 bilhões (2 48%).

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Minérios de ferro em forma bruta, que estavam na primeira colocação em termos de valor de vendas em 2011, caíram para a terceira posição em 2012, com R$ 44,6 bilhões (2,4%). Ainda aparecem no ranking dos dez primeiros em valor de vendas óleos brutos de petróleo (R$ 38,966 bilhões), gasolina automotiva exceto para aviação (R$ 32,8 bilhões), automóveis de cilindradas menor que 1 mil centímetros cúbicos (R$ 31,794 bilhões), carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 30,206 bilhões), minérios de ferro pelotizados (R$ 27,402 bilhões), álcool etílico (R$ 25 023 bilhões) e cervejas ou chope (R$ 20,904 bilhões).

Em termos de valor da transformação industrial (diferença entre o valor bruto obtido e o custo das operações), o primeiro lugar do ranking ficou, pelo terceiro ano consecutivo, com a indústria de produtos alimentícios. O segmento concentrou 14,9% do valor gerado pela indústria (R$ 993,35 bilhões), seguido por fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,7%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (8,6%).

Os três segmentos, juntamente com extração de minerais metálicos fabricação de produtos químicos, extração de petróleo e gás, fabricação de máquinas e equipamentos, metalurgia, fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) e fabricação de produtos de minerais não metálicos, concentraram 67,7% do total da indústria nacional em 2012.

A PIA-Produto levanta informações sobre a linha de produção das empresas industriais do país, com 30 ou mais pessoas ocupadas, trazendo dados sobre as quantidades produzidas e vendidas, e o valor de venda de cerca de 3.500 produtos. Em 2012, 40,6 mil empresas industriais fizeram parte da pesquisa, sendo coletadas informações de 49,6 mil plantas industriais.

A divulgação da pesquisa estava prevista para junho, mas a greve dos servidores do IBGE, que durou 79 dias, impediu a editoração dos dados para a publicação. Por isso, as informações foram anunciadas apenas hoje pelo instituto.

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