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Indústria gira a roda em Ponta Grossa

“Você não precisa mais sair de Ponta Grossa para fazer compras”, diz Gisah Cunha, que gosta de sapatos de grife | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
“Você não precisa mais sair de Ponta Grossa para fazer compras”, diz Gisah Cunha, que gosta de sapatos de grife (Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo)

O fortalecimento do setor in­­dustrial em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, respingou no varejo e as opções au­­mentaram para o público das classes A e B. O principal shopping do município foi ampliado há dois anos e o setor imobiliário vê crescer a oferta de imóveis de luxo com o lançamento recente de dois empreendimentos.

A cidade tem 331 mil habitantes e está localizada próxima a Curitiba e ao litoral, o que facilita a atração de indústrias por suas condições logísticas – em dois anos, 17 empresas industriais se instalaram no município. O maior investimento vem da AmBev, que vai desembolsar R$ 580 milhões na construção de uma fábrica de bebidas. Com o aquecimento no setor industrial, o PIB municipal, que era de R$ 5,9 bilhões em 2010, pode dobrar, segundo estimativa da prefeitura.

As novas indústrias chegam à cidade formando um novo público consumidor. Se antes os moradores saíam de Ponta Grossa para fazer compras em Curitiba ou em São Paulo, agora começam a valorizar o comércio local. "Com a ampliação que fizemos há dois anos, muitas lojas que existiam em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba agora estão instaladas aqui", comenta o diretor geral do maior shopping do município, João Luís Giostri.

A diretora de comércio da Associação Comercial, In­­dustrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Flávia Barrichelo, lembra que o con­­­su­­midor encontra mais fa­­cil­­mente marcas que antes não eram vendidas na cidade. "Você não precisa mais sair de Ponta Grossa para fazer compras", diz advogada e blogueira de moda Gisah Cunha, que mantém entre seus hábitos a compra de sapatos de grife. Outros setores, como o de restaurantes, segundo ela, também estão a contento, mas ainda há espaço para investidores.

De acordo com Giostri, o novo segmento aberto às classes A e B se reflete na região. "De 35% a 40% dos nossos clientes são moradores dos municípios vizinhos", afirma.

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