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As indústrias beneficiadas com a redução ou isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) se lançam agora em outra batalha: manter esse corte tributário para sempre e expandir a isenção a outros segmentos. Apenas com medidas de curto prazo, o setor industrial diz que não tem como planejar investimentos duradouros. "Nossa briga agora é manter a desoneração a partir de junho e fazer com que os nossos fornecedores também sejam desonerados", afirma José Luiz Fernandez, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abi­movel).

O setor, que faturou R$ 30 bilhões em 2011 e está distribuído em 16 polos regionais no país, teve o IPI reduzido de 5% para zero até 30 de junho. Com a diminuição da alíquota, a previsão é de que as vendas cresçam entre 8% e 10% nos próximos 90 dias, o que pode reverter a letargia do setor no primeiro trimestre.

O segmento de laminados plásticos, outro componente que entra na produção de móveis e que foi desonerado (de 15% para zero), também quer mais. "A indústria de transformação representa 14,6% do PIB e tem uma carga tributária de 37%. O governo, no fundo, não está fazendo nenhum favor à indústria ao desonerá-la", diz o presidente da Associação Brasileira da In­­dústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho.

Na avaliação de representantes da indústria de luminárias, setor que reúne 670 empresas com faturamento de R$ 3,7 bilhões, a desoneração não passa de um "respiro". "É um fôlego para aguentar um pouco mais", diz Carlos Fa­­gundes, presidente da Asso­ciação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux).

O setor cobra do governo a adoção de uma política industrial para o segmento. Uma proposta foi até apresentada: o Programa de Desenvolvi­mento da Indústria de Ilumi­nação no Brasil. A indústria quer medidas que a ajudem a recuperar a produção de lâmpadas e de componentes que deixaram de ser produzidos no país por causa da importação. Além disso, cobra a desoneração definitiva do IPI.

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