Setor gráfico ajudou a impulsionar os dados da produção industrial do Paraná| Foto: Liudi Hara/Arquivo/ Gazeta do Povo

Mesmo diante das sucessivas quedas na produção industrial do Brasil, o Paraná registrou aumento em maio. Enquanto a média nacional recuou 4% em relação ao mesmo mês do ano passado, o estado teve alta de 5,5%. No resultado acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a indústria local teve crescimento de 6,1%, segundo melhor desempenho no país, enquanto o país registrou queda de 3,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Nos últimos 12 meses, a diferença de desempenho é ainda maior. Enquanto o Paraná cresceu 8,8%, a produção nacional caiu 1,8%. Os segmentos com melhor desempenho no período foram os da impressão, madeira, refino de álcool e automóveis, todos com altas acima dos 15%.

Na comparação com o mês de abril, a quantidade produzida pela indústria paranaense cresceu 1,5%, o quarto melhor desempenho no país, que recuou –0,9%. No período, treze dos quatorze segmentos pesquisados tiveram crescimento de produção. Somente a indústria de bebidas registrou queda.

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"São constantes taxas de crescimento. O Paraná não é uma ilha, mas o dinamismo do mercado de trabalho na região metropolitana, o otimismo do empresariado local, a retomada da agroindústria e da construção civil puxam o crescimento industrial local", explica o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Lourenço.

Média nacional em queda

O presidente do Ipardes credita a queda da produção industrial nacional à incerteza do empresariado quanto ao futuro. "A produção reflete o ânimo do empresário. Se ele não confia no aumento do consumo, não vai investir ou incrementar a produção", afirma Lourenço.

Nem mesmo as políticas de corte de juros e impostos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), surtiram efeito. Mesmo assim, a expectativa é de retomada nos próximos meses. "As medidas devem ser sentidas no futuro. Neste cenário, acredito que o Paraná tenha rendimento ainda melhor quando todo o país apresentar evolução na sua produção", finaliza o economista do Ipardes.

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