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Fiesp

Indústria paulista pode zerar perdas da crise em abril

Em abril, o Indicador de Nível de Atividade (INA), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), poderá zerar as perdas registradas desde setembro de 2008, quando a crise econômico-financeira internacional se aprofundou e abalou a indústria. Em março, o INA cresceu 2,8% (com ajuste sazonal), mas o indicador ainda segue 0,9% abaixo do registrado em setembro de 2008. Em fevereiro, esse porcentual estava 2,9% abaixo.

Os dados da Fiesp divulgados hoje mostram forte recuperação da atividade industrial no ano. Sem ajuste, o INA deu um salto de 18% em março, ante fevereiro. Foi o melhor resultado para um mês de março desde 2004, quando houve aumento de 22,1%. O ganho acumulado no primeiro trimestre - de 18,2% ante o mesmo período em 2009 - é o melhor desde 2003. "Em abril, deveremos ver uma equiparação a setembro de 2008. Isso vai ocorrer até um pouco antes do que esperávamos graças ao bom resultado de março", afirmou o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini.

Se em fevereiro 6 dos 17 setores pesquisados não só tinham eliminado as perdas como já trabalhavam em níveis superiores ao período pré-crise, em março esse número subiu para 11 setores: minerais não-metálicos, materiais elétricos, veículos, móveis, alimentos e bebidas, têxteis, papel e celulose, refino de petróleo e álcool, químicos, borrachas e plásticos e outros equipamentos de transporte. Continuam com a produção abaixo do período pré-crise os setores de edição e gráfica, metalurgia básica, máquinas e equipamentos, produtos metálicos, material eletrônico/equipamentos de comunicação e máquinas e aparelhos elétricos.

Entre os setores de atividade industrial destacada em março, Francini citou o de produtos têxteis, cujo INA sem ajuste subiu 19,4% ante fevereiro e cresceu 3,7% com ajuste. O setor de minerais não-metálicos, ligado à construção civil, positivamente afetado pela redução tributária, registrou INA 3,7% maior com ajuste e 10,7% sem ajuste. "São ambos setores ligados ao mercado interno, que vai muito bem", destacou o diretor do Depecon.

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