A indústria de transformação vem perdendo fortemente o espaço no PIB. Um estudo feito pelos pesquisadores Claudio Considera e Juliana Trece, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) mostra que em 1985, ela representava 36% do PIB. No primeiro trimestre de 2023, caiu para 11%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A atividade industrial não consegue acompanhar o ritmo de outros setores. Nos últimos dez anos, a produção física encolheu em seis ocasiões. A queda entre 2013 e 2022 foi de 14,25%. Enquanto isso, o volume de vendas no comércio teve um avanço de 5,45% e o de prestação de serviços, 6,23%.
Os pesquisadores dizem que as discussões sobre reindustrialização, promovidas pelo governo, são retóricas. Eles consideram que uma recuperação da indústria brasileira será uma tarefa árdua e de longa duração.
"Não é uma tarefa só para um governo. Exigirá medidas continuadas de vários governos para voltar a ocupar papel relevante na economia. Será necessário adquirir tecnologia moderna para aumentar sua competitividade internacional e, em conjunto com as universidades inovar e aprimorar a tecnologia adquirida”, apontam Considera e Trece.
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