Cambará O grupo Panco, uma das maiores empresas do setor de alimentação do país, planeja investimentos de R$ 200 milhões no Paraná, onde iniciou suas atividades há pouco mais de um ano, com uma unidade em Cambará (Norte Pioneiro). Com sede em São Bernardo do Campo (região metropolitana de São Paulo), no Paraná a Panco gera 150 empregos diretos, ocupa uma área construída de quase 200 mil metros quadrados e produz 120 toneladas de biscoito por dia.
Até o fim do ano, os investimento do grupo prevêem o aumento da produção com a instalação de pelo menos mais nove fornos industriais, para ampliar a capacidade de produção para 1.200 toneladas/dia atualmente a indústria opera com apenas um forno. Quando a fábrica estiver operando com sua capacidade total, serão produzidos 2, 4 milhões de pacotes de 500 gramas de biscoito, que para serem transportados, necessitam de 40 caminhões com capacidade de 30 toneladas cada.
Apesar de fazer segredo sobre boa parte dos investimentos e da geração de empregos, um dos diretores da empresa, Idenori Tinen acredita que a cada forno novo que entrar em operação serão necessários 150 novos funcionários.
Quem comemora o novo investimento é o prefeito da cidade, José Salim Haggi Neto (PMDB). Ele diz que este é o maior empreendimento privado do interior do Paraná. Segundo Haggi Neto, depois que estiver operando com sua capacidade máxima, a empresa deverá ser a maior empregadora e a maior geradora de tributos do município.
A empresa
A Panco Alimentos é uma das maiores empresas do setor no Brasil. Com várias unidades, principalmente no ABC paulista, a indústria produz atualmente mais de 160 produtos entre macarrões instantâneos, pães, bolos e biscoitos. Para se ter uma idéia do tamanho da unidade paranaense, somente a estação de tratamento de efluentes industriais da unidade tem capacidade de processar todo o esgoto urbano de uma cidade com 75 mil habitantes, população quase três vezes superior a de Cambará.
No idioma japonês, Panco quer dizer farinha, nome escolhido, segundo a diretoria da empresa, por representar a principal matéria-prima utilizada na elaboração de seus produtos.
Embalagens
O grupo também pretende colocar em operação ainda este ano uma indústria de embalagens plásticas. A unidade já opera em fase de testes. A intenção dos empresários é atender principalmente o mercado de bebidas, produzindo engradados. Eles não revelam detalhes sobre esse investimento, mas o diretor Sadatomo Sugino disse que somente a máquina de processar plástico, adquirida na Itália, custou mais de US$ 10 milhões.
