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As empresas industriais brasileiras preveem um 2012 mais difícil, com menos investimentos e contratações e redução no faturamento, devido às incertezas na economia mundial e ao fraco desempenho da atividade já neste ano, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A edição de outubro-novembro da Sondagem de Investimentos da Indústria, divulgada nesta quarta-feira, aponta que 50 por cento das empresas programam gastar mais em 2012 em capital fixo, sendo que na pesquisa do ano passado, feita no mesmo período do ano, 55 por cento previam investir mais. A parcela das empresas industriais que projetam diminuição de investimentos em 2012 aumentou de 15 por cento para 17 por cento.

A redução de investimentos atingiu quase todos os segmentos, exceto o de não duráveis de consumo. Neste segmento, a proporção de empresas prevendo aumento de investimentos passou de 51 por cento para 54 por cento entre 2011 e 2012

Entre as empresas que preveem investir mais no ano que vem, a maior parte situou esse crescimento entre 5,1 por cento e 10 por cento, faixa apontada por 36 por cento das empresas (33 por cento em 2011). Um crescimento entre 10,1 por cento e 20 por cento foi estimado por 24 por cento das empresas, mesmo percentual do ano passado. Outros 20 por cento das empresas consultadas apostam em um aumento de investimentos entre 0,1 por cento e 5 por cento, ante 17 por cento de empresas que indicavam essa faixa de crescimento em 2011; e uma expansão superior a 20 por cento foi projetada por 20 por cento das empresas, uma queda em relação aos 26 por cento das empresas no ano passado

Com relação à ocupação, as expectativas da indústria são mais pessimistas para 2012

A parcela de empresas que pretendem aumentar o total de pessoal ocupado passou de 43 por cento, nas previsões feitas para 2011, para 36 por cento na última pesquisa, sendo que 10 por cento das empresas pretendem cortar postos de trabalho, contra 8 por cento no mesmo período de 2011

Entre as categorias de uso, o setor de não duráveis registra as melhores expectativas, com 41 por cento das empresas prevendo aumento do pessoal ocupado e apenas 8 por cento, redução. O pior resultado no quesito emprego é o do segmento de bens de capital, em que as mesmas parcelas foram de 31 por cento e 12 por cento, respectivamente.

Com o cenário turbulento, as empresas esperam faturar menos no ano que vem. A proporção de empresas prevendo crescimento real das vendas no ano seguinte (descontada a inflação), passou de 72 por cento em 2011 para 69 por cento em 2012. As empresas que projetam diminuição do faturamento passaram de 6 por cento para 8 por cento.

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