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Indústria quer prolongar redução do IPI da linha branca

Lavadoras tiveram IPI cortado pela metade, e o dos fogões foi zerado | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Lavadoras tiveram IPI cortado pela metade, e o dos fogões foi zerado (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)

Indústria e varejo já pediram ao governo a reedição da medida que reduziu, no fim do ano passado, o Imposto sobre Pro­dutos Industrializados (IPI) para itens da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Para o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, o ideal é que a medida – que expira em março – seja estendida pelo menos por mais três meses.

Segundo Kiçula, a redução da alíquota só traz vantagens. Ele argumenta que desde que o IPI foi reduzido, no início de dezembro de 2011, a indústria contratou 2 mil pessoas para atender aos pedidos do varejo. Antes da redução do IPI, os fabricantes de linha branca programavam férias coletivas.

"A indústria ainda não entregou um pedido oficial ao governo para a reedição da medida, mas já fez algumas reuniões. Existe até a intenção de pedir a continuidade da proposta atrelada à eficiência energética dos produtos. Ou seja, quem fabricar um produto que consuma menos energia também paga menos imposto", sugere Kiçula.

A redução do imposto, adotada também em 2008, faz parte de um pacote para estimular o aumento do consumo das famílias no Brasil e valerá até 31 de março deste ano. A alíquota passou de 4% para zero no caso dos fogões. A queda foi de 15% para 5% em geladeiras e de 20% para 10% em máquinas de lavar. O imposto dos tanquinhos foi reduzido de 10% para zero.

A Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp e Consul, disse que a redução do IPI levou a um aumento expressivo da demanda por eletrodomésticos em todo o país. A empresa registrou um acréscimo nas vendas de 15% a 20% em janeiro de 2012, sobre o mesmo período de 2011, nas categorias beneficiadas pela redução do imposto. Com a medida, a companhia espera um aumento do volume de vendas no primeiro trimestre. A estimativa é de que as vendas cresçam entre 10% e 15% em volume, comparando o primeiro trimestre de 2012 com o mesmo período do ano passado. Mabe (que representa GE e Dako) e LG não se manifestaram.

Apesar da redução do IPI, o preço dos produtos de linha branca subiu. O IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), captou em janeiro aumento médio de 0,88% nos preços do subgrupo Eletrodomésticos e Equipamentos, contra uma queda de 2,68% em dezembro. A geladeira ficou 0,50% mais cara. O preço da máquina de lavar subiu aumentou 0,24%; o do fogão, 0,21%; e o do micro-ondas, 0,05%.

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