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Curitiba – A redução de 35% para 10,5% na tarifa máxima de importação de bens industrializados – cogitada pelo Ministério da Fazenda para elevar a competitividade da indústria brasileira – provocou ontem a reação do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures. "O Ministério da Fazenda parece remar na direção contrária à dos empresários brasileiros e coloca em cheque a Política Industrial elaborada pelo próprio governo federal. O Ministério oferece uma ponte pavimentada aos produtos estrangeiros e nos dá uma corda para vencer o abismo desta concorrência", disse Loures.

Para o presidente da Fiep, o empresário brasileiro não pede protecionismo e sim condições de investir na melhoria de seus processos produtivos, com a remoção dos empecilhos à produtividade. "Enfrentamos altas taxas de juros, falta de adequadas linhas de crédito para novos investimentos em tecnologia e inovação, temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e uma infra-estrutura precária. Estas questões, que são de responsabilidade do governo, formam um cenário que impossibilita uma competição justa entre o produto brasileiro e os importados", afirmou, em nota distribuída pela assessoria de imprensa da Federação. Na avaliação dele, o Brasil precisa manter a política tarifária como um dos instrumentos principais de política industrial.

Segundo a proposta do Ministério da Fazenda, os setores que sofreriam maiores reduções tarifárias seriam o automobilístico, o eletroeletrônico, máquinas e implementos agrícolas, químico, têxtil, couro e calçados e o siderúrgico.

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