Atualizado em 05/12/2006 às 19h47
As indústrias brasileiras venderam em outubro 10,74 por cento mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, mas o aumento não gerou pressão sobre a capacidade de produção das fábricas instaladas no país.
O aumento apurado na comparação anual foi o maior registrado desde novembro de 2004, para este tipo de comparação, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na comparação com setembro, as vendas reais dessazonalizados da indústria no país cresceram 1,69 por cento, segundo a CNI.
``Com o bom resultado de outubro, a taxa acumulada de crescimento em 2006 elevou-se a 1,43 por cento, contra 0,38 por cento no acumulado até setembro'', afirmou a CNI em comunicado.
O uso da capacidade instalada ficou em 81,8 por cento em outubro, um pouco abaixo dos 82,2 por cento registrados no mês anterior. Em outubro de 2005, o uso de capacidade instalada estava em 81,4 por cento.
Pelo lado do emprego, o número de trabalhadores na indústria brasileira cresceu 0,53 por cento na comparação com setembro e 3,28 por cento em relação a outubro de 2005, a maior taxa de crescimento do ano.
``O aumento da atividade industrial em 2006 foi especialmente positivo porque, além de ter vindo acompanhado da geração de postos de trabalho, não registrou pressão sobre a utilização da capacidade instalada'', afirmou a entidade.
Os indicadores da CNI são levantados mensalmente com base em consultas feitas a cerca de 3 mil grandes e médias empresas.