Apesar do efeito prolongado da crise econômica, os industriais de empresas paranaenses estão otimistas para 2017. De acordo com a 21ª Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), 55,11% dos industriais responderam que as expectativas para o ano que vem são favoráveis. O índice é parecido entre os micro e pequenos empresários – 55,31% responderam positivamente sobre as projeções para o próximo ano. Apesar da positividade, este é o segundo menor nível de otimismo captado pela pesquisa, acima apenas do registrado para o ano de 2016, de cerca de 32%.
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A aposta da maioria dos industriais paranaenses é a de que os investimentos no setor devem voltar a acontecer em 2017. Entre os otimistas, 34,46% afirmam que devem fazer novos investimentos e mais de 46% acreditam em um aumento nas vendas, números bem semelhantes também entre micro e pequenas indústrias. De acordo com o levantamento, o foco deve se concentrar na melhoria de processos, desenvolvimento de produtos e modernização tecnológica. Ainda de acordo com a Fiep, quase 72% desses investimentos virão de recursos dos próprios empresários.
Tecnologia
De acordo com a pesquisa, os investimentos devem focar principalmente em melhorias de processos e implantação de novas tecnologias. Mantendo a situação ocorrida em 2016, a expectativa é que a indústria aposte ainda mais na utilização de máquinas e equipamentos automáticos. Para absorver essa modernização, cerca de 75% das empresas ouvidas dizem que pretendem treinar os próprios funcionários. Quando se trata de pesquisa Pesquisa e Desenvolvimento, a pesquisa da Fiep mostra que a maioria das empresas planeja desenvolver essa área internamente para não precisar recorrer a alternativas de terceiros.
Essa situação coloca as empresas do Paraná em pé de igualdade em um cenário nacional, mas ainda com uma certa defasagem no nível internacional, como apontaram 38,9% dos industriais. Outro reflexo desse desenvolvimento tecnológico é o aumento da produtividade e da qualidade dos produtos registradas pelos empresários. Apenas 8,06% não tiveram aumento na produtividade e mais de 63% tiveram significativa melhora na qualidade dos produtos.
Empregos
O aumento da modernização no processo produtivo também foi apontado como responsável pela expectativa baixa quando se trata da geração de novos empregos.Na prática, apesar da possível melhora nos investimentos e das vendas, apenas 19,49% dos otimistas afirmam que devem gerar novos postos de trabalho. Na outra ponta, entre os pessimistas, mais de 25% acreditam que terão que reduzir empregos.
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