Uma lei estadual aprovada em 2002 impôs limites para a emissão de poluentes atmosféricos e, por isso, foi decisiva para que as empresas do Paraná começassem a dar mais importância à biomassa como fonte matriz energética. Mas o tiro de misericórdia veio com a alta do preço dos derivados de petróle e fez crescer a demanda por resíduos capazes de gerar calor, como é o caso da poda urbana. "Era um absurdo este material ir para o aterro", diz o secretário estadual de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues. "Esta é uma maneira inteligente de uso do lixo verde."
Antes de haver regulamentação, muitas injdústrias sequer elaboravam uma política ambiental. "Hoje elas racionalizam", diz o consultor ambiental Nicolau Obladen. "Em vez de jogar dinheiro fora, usam seus próprios resíduos ou combustíveis mais baratos."
A mesma medida foi adotada por Curitiba já está sendo tomada pela prefeitura de Telêmaco Borba que, na última semana, passou a descarregar cinco caminhões diários de dejetos de poda na empresa Vale do Tibagi. "O simples fato de ter um local para onde levar esse material já é um lucro. Também vamos comprar briquetes 30% mais baratos para gerar energia num matadouro", diz o chefe de agropecuária da prefeitura, Luiz Pinheiro. (HC)