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Índices de preços divulgados nesta quinta-feira mostraram que a inflação iniciou fevereiro com tendência de queda, sugerindo que as fortes pressões sazonais vistas em janeiro tendem a desacelerar até o final do trimestre.

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,11 por cento na primeira leitura de fevereiro, seguindo alta de 0,32 por cento no mesmo período do ano passado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em janeiro como um todo, houve elevação de 0,50 por cento.

Em outro relatório, a FGV mostrou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou 0,72 por cento na primeira leitura do mês, praticamente no mesmo patamar do fechamento de janeiro, quando o índice subiu 0,69 por cento.

``A desaceleração da prévia (do IGP-M) está relacionada à queda da inflação no IPC por conta do esgotamento dos impactos dos reajustes das tarifas de transportes e pelo enfraquecimento da forte elevação dos preços dos alimentos'', disse Gian Barbosa, economista da Tendências Consultoria.

As tarifas de transportes foram elevadas em São Paulo e no Rio de Janeiro no final de 2006 e em outras capitais com menos peso nos índices de inflação, em janeiro.

Os preços dos alimentos in natura estão subindo devido a uma menor oferta causada pelo clima chuvoso.

O tempo tende a continuar gerando uma contribuição negativa para esses produtos também em fevereiro, mas Flavio Godas, economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), lembra que diante de um aumento muito forte de preços, os consumidores costumam trocar de produto, ``o que diminui a demanda e pressiona menos os custos''.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), dentro do IGP-M, subiu 0,36 por cento na primeira leitura de fevereiro, uma desaceleração frente ao avanço de 0,55 por cento na primeira leitura de janeiro.

Os custos de Alimentação no varejo subiram 0,58 por cento na primeira prévia de fevereiro, abaixo da alta de 0,76 por cento no mesmo período do mês passado.

Os custos de Transportes também desaceleraram a alta, para 0,88 por cento, contra 1,17 por cento.

Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve leve queda, de 0,01 por cento, ante ganho de 0,22 por cento na primeira medida de janeiro.

IPC-S ESTÁVEL

Barbosa, da Tendências, já esperava a quase estabilidade do IPC-S. Ele ressaltou que no início do mês, o índice ainda sofre forte pressão dos in natura.

O grupo Alimentação foi o que mais contribuiu para o avanço do IPC-S na abertura de fevereiro. Os preços do grupo subiram 1,85 por cento, ante ganho de 1,44 por cento no encerramento de janeiro.

Outro impacto que manteve o IPC-S alto foi Educação, que também é sazonal. Os custos desse grupo elevaram-se em 1,71 por cento, mas já mostraram desaceleração ante a alta de 2,10 por cento em janeiro.

Os preços do grupo Vestuário, por sua vez, recuaram 2,21 por cento, a única queda verificada entre as classes de despesa do IPC-S no período.

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