A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de abril em 0,61%. Em março, a alta dos preços tinha sido de 0,43%. Nos doze meses encerrados em abril, a inflação ficou em 9,28%. Nos quatro primeiros meses de 2016, foi de 3,25%.
Economistas consultados pela agência Bloomberg estimavam que o IPCA ficasse em 0,54% em abril. As projeções variavam entre 0,48% e 0,59%. Já as expectativas para o resultado acumulado nos doze meses encerrados em abril, a estimativa era de 9,21%, com taxas entre 9,24% e 9,38%. Nos doze meses encerrados em março, a taxa foi de 9,39%.
Curitiba foi a quarta região metropolitana com o maior índice em abril, entre as 13 pesquisadas pelo IBGE – o IPCA na capital paranaense e em cidades vizinhas fechou o mês com alta de 0,75%, acima da média nacional e também do índice registrado em março na região, de 0,57%.
No acumulado em doze meses, Curitiba registra uma alta no IPCA de 9,70%. No ano, a alta acumulada é de 2,89%.
Grupos
Na passagem de março para abril, os grupos de serviços e produtos que mais tiveram aumento de preços – e portanto, que mais pressionaram o índice de inflação– foram os alimentos (alta de 1,09%) e o grupo de saúde e cuidados pessoais (2,33%).
Saúde inclui, por exemplo, consultas médicas e produtos farmacêuticos. Remédios aumentaram de preço em 6,26%, em razão de reajuste de preços que entrou em vigor em 1º de abril.
No lado dos alimentos, a batata-inglesa foi a vilã, ao registrar alta de 13,13% em abril. Juntos, saúde e alimentos responderam por 89% do índice em abril.
Deflação
Na outra ponta, o grupo habitação foi o único dos nove pesquisados que teve de fato queda de preços. O motivo foi a redução das tarifas de energia elétrica. Na passagem de março para abril, os preços tiveram queda de 3,11%.
As tarifas caíram com a adoção da chamada bandeira tarifária verde, que significa o fim da cota extra na conta de luz.
Queda de juros
Na quinta-feira, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, o Banco Central (BC) reforçou sinais de que ainda é cedo para falar em queda dos juros, apesar da trégua dada pela inflação. Os diretores argumentam que a alta de preços perdeu força por causa da recessão, mas é preciso acompanhar os próximos desdobramentos.
“O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”, diz o documento.
Na semana passada, o BC manteve, pela sexta vez seguida, a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano.
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