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A inflação oficial do país calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,46% em maio, segundo dados divulgados nesta terça (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento foi puxado principalmente pelo grupo de Alimentação e Bebidas, que subiu 0,62%.
De acordo com o instituto, o índice foi pressionado por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul no mês passado, que já começou a mostrar seus impactos na economia brasileira. Dentro desse grupo, os preços dos tubérculos, raízes e legumes, especialmente a batata, tiveram um aumento expressivo de 20,61% na comparação ao mês anterior.
“Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, explicou André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.
Além da batata, outros alimentos que fazem parte do dia a dia dos brasileiros também tiveram aumentos significativos em maio, como a cebola, que subiu 7,94%, o leite longa vida, com alta de 5,36%, e o café moído, que teve um aumento de 3,42%.
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No acumulado do ano, a inflação já apresenta uma alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, avançou 3,93%. O resultado de maio ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,42% para o período.
O aumento dos preços em maio foi registrado em diversos grupos de consumo. Habitação teve uma alta de 0,67%, enquanto o Vestuário aumentou 0,50%, e o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu 0,69%. Por outro lado, os Artigos de Residência apresentaram uma queda de 0,53%, contribuindo para amortecer a alta do IPCA no mês.
O resultado de maio confirma uma tendência de alta do IPCA nos últimos meses, em que registrou 0,16% de março e 0,38% em abril.
A alta nos preços de alimentos básicos e os desafios na produção devido às enchentes no Rio Grande do Sul são fatores que deverão ser monitorados nos próximos meses para avaliar a continuidade da pressão inflacionária sobre o consumo das famílias brasileiras.