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Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que a inflação brasileira em 2022 foi a 144ª mais alta entre 191 países. Desde 1995, nunca o indicador tinha ficado tão baixo. Até o ano passado, o melhor desempenho tinha sido em 2007, quando a inflação foi a 127ª mais alta entre 192 países. O levantamento foi feito pelo “Valor”.
A inflação do ano passado, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 5,79%, bem acima do centro da meta do BC, que é de 3,5%, com teto de 5%. No ano anterior, a inflação tinha sido de 10,1%, a 28ª maior alta no mundo.
Uma série de medidas, principalmente aplicadas sobre os combustíveis, foram as responsáveis por esta desaceleração nos preços:
- Desoneração de tributos federais, como a PIS/Cofins, sobre os combustíveis;
- Essencialidade de bens e serviços como combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público. Isto resultou na redução das alíquotas do ICMS, principal tributo estadual, que chegavam a 34%, como no caso do RJ, a uma faixa entre 17% e 18%;
- Revisão na forma de cobrança do ICMS.
Parte destas medidas foi revertida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem mostrando mais simpatia em relação à situação financeira dos estados. A gasolina deve voltar a sugir com novos aumentos de imposto.
Relatório divulgado pelo Fundo aponta que a inflação mundial continua persistente, mesmo com a reversão dos preços dos alimentos e da energia. “Mas o núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, mais voláteis, ainda não atingiu o pico em muitos países”, informa a instituição.
É uma questão que está sendo motivo de alerta por parte do Banco Central, (BC) que considera que a inflação vem caindo, mas aponta que os núcleos da inflação, que excluem itens mais voláteis, estão muito resilientes.