A inflação caiu com força em dezembro na Grã-Bretanha, reforçando as projeções de declínio feitas pelo Banco da Inglaterra para 2012, devido a preços menores de combustíveis e a descontos em itens de vestuário, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.
A agência oficial de estatísticas ONS informou que a inflação ao consumidor caiu a 4,2 por cento em dezembro, contra 4,8 por cento em novembro, com o recuo da taxa após a máxima em três anos, de 5,2 por cento, alcançada em setembro. Foi a maior queda desde abril de 2009, quando a economia estava afundada na recessão.
A inflação ainda está bem acima da meta de 2 por cento, mas o banco central prevê que a taxa cairá abaixo disso até o fim deste ano, conforme a fraqueza econômica pressiona os preços e o efeito dos aumentos de impostos de vendas é superado.
De acordo com a ONS, a desaceleração da inflação em dezembro para o menor patamar em seis meses se deve à reversão de alguns fatores que impulsionavam os preços em dezembro de 2010.
As varejistas de vestuário, em particular, começaram a oferecer descontos antes do Natal para atrair consumidores sem dinheiro, ao contrário de 2010, quando algumas elevaram os preços antes da mudança no imposto sobre vendas, em janeiro de 2011.
As pressões de alta vindas dos preços de energia também diminuíram, levando a taxa de inflação de transporte para o menor nível em mais de um ano. Os custos de combustíveis caíram 0,6 por cento sobre novembro.
De qualquer forma, levará vários meses até que os economistas tenham certeza de que a inflação recuará em direção à meta.
A queda no começo do ano, devido a efeitos sazonais, torna mais difícil enxergar as pressões inflacionárias subjacentes. E a Grã-Bretanha continua vulnerável a eventuais depreciações na libra ou a disparadas nos preços do petróleo.
