A inflação verificada entre as famílias de baixa rendadesacelerou em maio, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da oscilação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, subiu 0,56% no mês passado, após 0,84% em abril. Com o resultado o índice acumula alta de 3,97% no ano e de 6,09% nos 12 meses encerrados em maio.
Mesmo com a desaceleração entre abril e maio, a taxa do IPC-C1 no mês passado ficou acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador apontou alta de preços de 0,51% no mesmo período.
Mas a taxa de inflação acumulada no ano do IPC-C1 foi levemente menor que a apurada pelo IPC-BR, que acumula alta de 3,98%. O desempenho em 12 meses da inflação da baixa renda também se posicionou abaixo da taxa do IPC-BR, que avançou 6,37%.
Cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1 tiveram desaceleração da alta ou queda de preços de abril para maio. É o caso de Despesas Diversas (de 1,48% para 0,24%), Alimentação (de 1,20% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,44% para 0,56%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,66% para -0,07%) e Vestuário (de 1,17% para 0,72%). Já os grupos que mostraram acréscimos em suas taxas de variação de preços no mesmo período foram Transportes (de 0,11% para 1,02%) e Habitação (de 0,31% para 1,15%).
No IPC-C1 de maio, as altas de preço mais expressivas foram registradas em tomate (14,87%), tarifa de ônibus urbano (1,11%) e taxa de água e esgoto residencial (3,18%). Já as mais expressivas quedas de preços foram apuradas em cebola (baixa de 3,22%), ovo de galinha (queda de 0,86%) e cenoura (recuo de 9 25%).