A inflação anual ao consumidor da China fechou em 2% no ano passado - índice muito abaixo dos 3,5% fixados pelo governo, sinalizando uma fraqueza persistente na economia, mas dando às autoridades mais espaço para afrouxar a política monetária com o objetivo de sustentar o crescimento.
A segunda maior economia do mundo ainda enfrenta problemas neste ano com a persistência da fraqueza do mercado imobiliário, com governos locais e empresas mostrando dificuldades para pagar dívidas.
"Deflação neste ano é definitivamente um risco", disse Minggao Shen, economista do Citi.
"Continuamos a argumentar que deflação dá mais espaço para afrouxamento de política. Nosso melhor cenário ainda é de mais dois cortes de juros no primeiro semestre deste ano e talvez de três a quatro cortes de compulsório neste ano."
Indicadores
Sobre novembro, o índice de preços ao consumidor avançou 0,3% em dezembro, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira (9), em linha com as expectativas de economistas.
Já o índice de preços ao produtor em dezembro recuou 3,3% sobre um ano antes, 34º mês seguido de deflação e o maior recuo desde setembro de 2012, uma vez que a demanda fraca afeta o poder de precificação das empresas.
O mercado esperava queda de 3,1% nos preços ao produtor.
Política monetária
Apesar dos índices de inflação preocupantes, o banco central da China disse nesta sexta-feira, em comunicado, que continuará com uma política monetária "prudente" em 2015, mantendo o crescimento do crédito estável e fazendo um ajuste fino quando necessário.
A autoridade monetária disse, porém, que irá acelerar o ritmo da reforma da taxa de juros orientada pelo mercado e pressionará para aumentar a conversibilidade do iuan.
O anúncio reitera a posição do Banco do Povo da China sobre a estabilidade da política monetária mesmo em um momento de especulação de que Pequim terá que adotar medidas para estimular o crescimento e conter pressões deflacionárias, especialmente por meio de corte das taxas de depósitos compulsórios para os bancos.
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