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Preços

Inflação de serviços registra desaceleração forte

A inflação de serviços mostrou forte desaceleração na passagem de fevereiro para março, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ritmo de alta de preços diminuiu de 1,30% em fevereiro para +0,26% em março. No mesmo período, o IPCA saiu de 0,60% para 0,47%.

"Aí tem a questão da alta sazonal da educação, que ficou para trás. Ou seja, tem um peso grande das passagens aéreas, dos colégios e do aluguel, que tiveram redução na variação de um mês para o outro", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

As despesas com aluguel residencial passaram de aumento de 2,26% em fevereiro para 0,34% em março. Os cursos regulares reduziram a alta de 6,91% para 0,40% no período, enquanto as passagens aéreas ficaram ainda mais baratas, saindo de -9,98% para -16 43%.

No entanto, no ano, a inflação de serviços ainda está mais alta do que o IPCA. O aumento acumulado é de 2,50%, contra a taxa de 1,94% da inflação oficial. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 8,37%, acima do IPCA de 6,59% registrado no período.

Monitorados

A inflação de bens e serviços monitorados pelo governo subiu 0 26% em março, após um recuo de 1,11% em fevereiro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE. A reversão na tendência de queda foi provocada pelo fim do impacto do corte na tarifa de energia elétrica, mas os preços monitorados ainda estão crescendo abaixo da inflação. Em 12 meses, a inflação de monitorados acumula uma alta de 1,62%, contra o aumento de 6,59% no IPCA. No ano, há deflação de 1,07% nos monitorados, contra a taxa de 1,94% registrada pela inflação oficial.

"Os (preços) monitorados vêm ajudando a conter a taxa do IPCA. Nesses dois primeiros meses do ano, eles vieram com resultado negativo, levando em conta a queda da energia elétrica. E, nos 12 meses, os monitorados estão com resultado bem abaixo dos 12 meses do IPCA", apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

No entanto, há previsão de pressão sobre a inflação de bens e serviços monitorados em abril vinda de itens como reajustes de remédios, tarifas de ônibus em Curitiba, táxi em Belo Horizonte, e tarifa de água e esgoto em algumas regiões metropolitanas pesquisadas.

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