A inflação em Curitiba, que tinha sido a maior do país em abril, influenciada pela alta no ICMS de milhares de produtos e pelo aumento no preço da energia elétrica, desacelerou em maio, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial de inflação. A alta foi de 0,71% em maio, contra 1,79% em abril.
Ainda assim, o índice da capital paranaense está acima da média nacional. Em maio, o índice no país foi de 0,60%, quase metade do 1,07% de abril, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As contas de energia, que têm peso de 3,88% nas despesas das famílias, tiveram alta de 13,02% no mês passado, enquanto em maio a variação foi de 1,41%. Com isso, o índice do grupo habitação recuou de 3,66% para 0,85%.
Apesar da desaceleração, a inflação acumulada em 12 meses afastou-se ainda mais do teto de tolerância do governo, de 6,5%. O IPCA-15 acumulado em 12 meses saiu de 8,22% em abril para 8,24% em maio, maior resultado desde janeiro de 2004, quando ficou em 8,46%. No mês de maio do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,58%.
No índice acumulado em 12 meses, Curitiba é a cidade com o terceiro maior IPCA-15, de 9,13%. Neste ano, a capital paranaense já teve uma alta de preços de 6,15%, a maior do país. Em maio, a maior elevação foi no grupo de produtos farmacêuticos e óticos (6,4%), seguido por tecidos e armarinhos (2,45) e cuidados pessoais (1,99%).