Rio de Janeiro A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou e registrou alta de 0,31% em novembro, contra 0,33% de outubro. A taxa ficou abaixo da previsão de analistas de mercado, que previam uma variação de 0,36% no mês passado.
O IPCA serve de referência para a meta de inflação do governo, cujo centro é de 4,5% neste ano. De janeiro a novembro, a taxa acumula alta de 2,65%, bem abaixo dos 5,31% registrados no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a alta é de 3,02%.
O IBGE manteve a previsão de que a inflação deve terminar 2006 bem abaixo de 4,5%, na casa dos 3%. O mercado tem a mesma aposta.
Segundo o IBGE, no mês passado os alimentos mantiveram a pressão sobre os preços, com uma alta de 1,05%. Sozinho, este grupo representou 0,21 ponto porcentual da inflação de 0,31% do mês passado.
O tomate ficou 29,63% mais caro. Também tiveram altas expressivas arroz (5,32%), feijão (3,03%) e frango (5,77%). Outro item que pesou no bolso dos consumidores foi o cigarro (4,63%), que teve reajuste em Porto Alegre, São Paulo e Curitiba.
Por outro lado, os combustíveis caíram. O álcool teve redução de 0,86%, contra baixa de 3,28% no mês anterior. Já a gasolina teve pequena queda de 0,11%. Outras baixas verificadas em novembro foram da energia elétrica (-0,57%) e remédios (-0,17%), que ajudaram na redução do índice de inflação do mês.
Curitiba
Entre as cidades, Curitiba teve a maior inflação, de 0,63%, puxada pela alta no preço dos alimentos, que subiram 1,21%. Entre os itens com maior variação estão o tomate (29,63%), arroz (5,32%), frango (5,77%) e feijão (3,03%). Os outros grupos que pressionaram o índice foram os remédios (1,86%) e vestuário (1,04%). Mesmo com a variação de novembro, a capital paranaense apresenta a terceira inflação mais baixa do ano entre as capitais pesquisadas. O acumulado entre janeiro e novembro de 2006 é de 2,35%, atrás de São Paulo (1,69%) e Goiás (2,18%).