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Habitação

Inflação dita valor de imóveis novos

Enquanto a inflação no primeiro trimestre ficou em 2,1%, os preços dos imóveis novos na capital subiram 3,4%, em média: unidades compactas e no entorno da região central custam mais | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Enquanto a inflação no primeiro trimestre ficou em 2,1%, os preços dos imóveis novos na capital subiram 3,4%, em média: unidades compactas e no entorno da região central custam mais (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)
Gustavo Selig: preços devem se recuperar no 2º semestre |

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Gustavo Selig: preços devem se recuperar no 2º semestre

Após seguidos anos de forte alta, 2014 parece ser o ano da estabilidade do mercado imobiliário curitibano. A conclusão parte dos dados do setor no primeiro trimestre: na média, os preços dos imóveis novos da cidade subiram ligeiramente acima da inflação no período. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos três primeiros meses do ano ficou em 2,1%, o metro quadrado dos novos empreendimentos subiu, em média, 3,4%. Os números são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).

De acordo com especialistas e empresários do setor, a valorização condiz com um cenário pós boom imobiliário, marcado pelo aumento de preços regular, acompanhando a inflação. Prova disso é o comportamento dos preços quando o mercado é segmentado: unidades de três e quarto dormitórios, por exemplo, valorizaram ainda mais coladas ao IPCA, abaixo de 3% no período.

Segundo o gerente regional da incorporadora PDG, Felipe Sebben, o mercado curitibano chegou ao mesmo patamar de outras grandes cidades do Brasil, que também apresentaram desaceleração nos preços. "O mercado local chegou a um ponto de maturidade que é visível no comportamento de empresas e consumidores. Curitiba agora acompanha uma tendência nacional", afirma.

Para o presidente da Ade­mi-PR, Gustavo Selig, o ano de 2014 também será comprometido por causa da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. "Com certeza é um ano bastante atípico de uma maneira geral, com uma conjuntura bastante peculiar, o que colabora com uma valorização mais modesta", afirma.

Crescimento acima da média, por enquanto, somente entre as unidades de menor metragem. "Existem alguns segmentos que estão com uma oferta muito alta, como os residenciais compactos", diz Sebben. A pesquisa da Ademi-PR confirma a percepção: o metro quadrado dos apartamentos residenciais de apenas um quarto valorizaram 7,8% entre dezembro e março na cidade, passando de R$ 6.068 para R$ 6.545.

Bairros

A localização também é determinante para que algumas valorizações se mantenham acima da inflação. Os lançamentos no bairro Batel, por exemplo, subiram 15% no primeiro trimestre do ano. Novas unidades no Rebouças e no Juvevê também tiveram valorização acima da média, com altas de 4,6% e 4,1%, respectivamente.

"A região do entorno do Centro ficou bastante custosa de se operar. Os terrenos são mais caros, as imposições contra as intervenções nas vias são mais difíceis e, naturalmente, os empreendimentos apresentam uma alta maior", explica Selig.

Excluindo estes três bairros, a valorização no período em outros 12 bairros pesquisados ficou abaixo da inflação, com crescimento médio de apenas 1,3%, puxado para baixo pelas desvalorizações no Bigorrilho, Portão e Campina do Siqueira.

Mercado aposta em valorização real de 8%

Apesar da conjuntura desfavorável e de um início de ano em ritmo lento, a projeção da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) é de alta de 8% acima da inflação nos preços dos imóveis residenciais novos em Curitiba ao final de 2014.

De acordo com o presidente da entidade, Gustavo Selig, a recuperação dos preços deve se confirmar com uma demanda regular para o período e pelo aumento dos custos da construção dos empreendimentos. "Além do mercado apresentar manutenção do ritmo, os preços estão muito pressionado pela alta nos custos, que estão em patamares bastante elevados", explica.

Entrega

O consultor de mercado imobiliário Robson Santana afirma que o número de empreendimentos previstos para entrega neste ano vai garantir uma valorização real maior no segundo semestre. "Ainda existe um estoque remanescente de projetos de 12 ou 18 meses atrás. Para este ano, a previsão é de uma oferta mais equilibrada com a demanda", afirma Santana. Ele, no entanto, acredita que ao final do ano, a valorização real seja um pouco mais discreta, na casa dos 6%.

Os preços dos imóveis em Curitiba são condizentes com outras capitais na sua opinião? Por quê? Deixe seu comentário abaixo e participe do debate.

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