A inflação em março atingiu 1,62%, a maior para esse mês em 28 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a variação nos preços acumula uma alta de 3,20%. E nos últimos 12 meses, 11,30%.
Transportes (3,02%) e alimentação e bebidas (2,42%) foram os grupos que mais variaram. O resultado do grupo transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual no índice do mês. Em 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,77%. Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%).
Além dos combustíveis, a aceleração do grupo transportes também está relacionada à alta nos preços de alguns serviços, como o transporte por aplicativo (7,98%), o seguro voluntário de veículo (3,93%) e o conserto de automóvel (1,47%). Os automóveis novos (0,47%) e usados (0,76%) também seguem em alta.
Nos transportes públicos, a variação positiva do ônibus urbano (1,27%) deve-se aos reajustes nos preços das passagens em Curitiba, com reajuste de 22,23% a partir de 1º de março; São Luís, com aumento de 5,40%, em vigor desde 27 de fevereiro; Recife, reajuste de 9,33%, vigente desde 13 de fevereiro; e Belém com reajuste de 11,11%, a partir de 28 de março.
Já a aceleração em alimentação e bebidas decorre, principalmente, da alta nos preços dos alimentos para consumo no domicílio. A maior contribuição veio do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como a cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).
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