A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,6% em fevereiro, taxa inferior ao 0,86% de janeiro. Em fevereiro do ano passado, a taxa havia sido 0,45%.
O dado foi divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação oficial acumula taxa de 1,47% no ano, acima do 1,01% registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa está em 6,31% e está acima dos 6,15% registrados no período de 12 meses encerrado em janeiro. Além disso, está mais próxima do teto da meta de 6,5% estabelecida pelo governo federal.
O aumento da inflação em fevereiro foi impulsionado por alimentos e bebidas (que subiu 1,45%), educação (5,4%) e transportes (0,81%). Os três grupos impactaram o IPCA em 0,35 ponto percentual, 0,24 e 0,16, respectivamente.
Por outro lado, o grupo habitação teve a maior queda do mês (2,38%), puxado pela redução no preço da conta de luz dos consumidores. Foi o único grupo que apresentou deflação no mês passado.
As contas de energia elétrica ficaram 15,17% mais baratas em fevereiro. Com peso de 3,18%, o item energia elétrica deu uma contribuição de -0,48 ponto porcentual no IPCA de fevereiro. Junto com a queda de 3,91% verificada no índice de janeiro, as contas de energia elétrica ficaram 18,49% mais baratas em 2013
Alimento e bebida respondem por 58% do IPCA
Na passagem de janeiro para fevereiro, o tomate ficou 20,17% mais caro, devido a problemas climáticos. Em janeiro, o tomate já havia subido 26,15%, totalizando um avanço de 51,60% apenas nos dois primeiros meses de 2013. "Alimentação continua pressionando muito, mesmo tendo desacelerado em relação ao ano anterior", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Outros produtos que ficaram mais caros, no mesmo período, foram cenoura, açaí, farinha de mandioca, cebola, feijão-fradinho, batata inglesa, feijão-carioca, hortaliças e verduras, frango em pedaços, entre outros.
A inflação oficial, medida pelo IPCA, marcou 0,47% em Curitiba e região metropolitana no mês de fevereiro. A taxa ficou abaixo da média nacional, que fechou em 0,60%; e também abaixo da registrada em janeiro (1,01%).
Em Curitiba, o valor cobrado pela energia elétrica residencial caiu 15,25% no mês. Segundo o IBGE, as passagens áreas ficaram 11,54% mais baratas. Em contrapartida, dois alimentos tiveram as maiores altas: o repolho (18,54%) e a cebola (12,93%). O preço do curso de idiomas subiu 10,52%.
A inflação em Curitiba acumula alta de 1,15% em 2013 e de 6,27% nos últimos 12 meses, aproximando-se do teto da meta de 6,5% estabelecida pelo governo federal.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (8) que a inflação no Brasil está "sob controle" e que ela vai caminhar para o centro da meta oficial -4,5%- no "prazo adequado"
Segundo Barbosa, a expectativa é que a inflação vá caindo gradualmente, "principalmente quando começar a ser transmitido o impacto da queda do índice de commodities, que começou agora, mas demora um tempo para chegar lá na ponta".
Ele disse também que a redução das tarifas de energia elétrica vai contribuir para a queda porque vai reduzir o custo das empresas, principalmente das pequenas e médias, e "isso tende a ser repassado para o consumidor". "O que tivemos agora foi um primeiro impacto, ainda tem o impacto indireto", disse.
