A taxa de inflação anual na China caiu com força em outubro, para 5,5 por cento, recuando ainda mais em relação à máxima em três anos alcançada em julho, dando a Pequim mais espaço para ajustar a política monetária e, assim, ajudar a economia que já sente o impacto da desaceleração global.
Outros dados, incluindo números da indústria, deram a mais recente evidência de um modesto esfriamento na segunda maior economia do mundo.
A inflação diminuiu após bater 6,1 por cento em setembro e marcou o terceiro declínio seguido desde o pico de 6,5 por cento em julho, reforçando expectativas de que as pressões de preços estejam em tendência sólida de baixa.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que os preços caíram ainda mais desde outubro, endossando a visão de que as autoridades adotarão políticas mais pró-crescimento, embora a inflação ainda esteja muito alta para se esperar um corte no juro básico.
A inflação no atacado também mostrou acentuada desaceleração em outubro, de 6,5 por cento em setembro para 5,0 por cento em outubro, o menor patamar em um ano. Economistas previam leitura de 5,7 por cento.
Já os preços de alimentos, uma importante fonte de pressão inflacionária na China, subiram 11,9 por cento em outubro, a menor alta anual desde maio. Em relação a setembro, os preços de alimentos recuaram 0,2 por cento, no primeiro declínio desde maio.
PRODUÇÃO
A produção industrial chinesa cresceu 13,2 por cento em outubro sobre o mesmo mês do ano passado, a menor expansão desde outubro de 2010 e abaixo das estimativas de 13,4 por cento, sugerindo que as fábricas estão sendo prejudicadas pela desaceleração econômica.
As vendas no varejo do país subiram 17,2 por cento, também abaixo das expectativas de 17,4 por cento.
"A melhor forma de controlar as altas dos preços é incentivar a produção", declarou Wen.
O premiê também disse que Pequim não afrouxará as políticas para conter o superaquecido mercado imobiliário, de acordo com a agência estatal Xinhua.
Wen disse que a construção de projetos de moradias subsidiadas pelo governo ajudará a aliviar parte das restrições de oferta e aliviar a inflação de imóveis.
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