Mantega diz ter ficado satisfeito com resultado do IPCA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira, 9, ter ficado satisfeito com o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro, de 0,35%, mas que o governo não irá descuidar do controle da inflação
Sob impacto da aceleração, ainda que modesta, dos preços de alimentos e do grupo transportes, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) ficou mais pressionado em setembro e subiu 0,35%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (9). No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou abaixo dos 6% pela primeira vez no ano. A última vez que o IPCA em 12 meses havia ficado abaixo de 6% foi em dezembro de 2012 (5,84%).
Em agosto, o índice, que mede a inflação oficial do país, havia registrado alta de 0,24% - acima da taxa de 0,03% em julho.
O resultado de setembro ficou dentro das expectativas de mercado. A maioria das previsões de bancos e consultorias apontava para um índice entre 0,30% e 0,35%.
Em setembro, o grupo alimentação registrou alta de 0,14%. Já o de transportes apresentou variação positiva de 0,44%. São os dois de maior peso no IPCA. Os dois grupos também concentram as atenções de analistas e do governo. O cumprimento ou não da meta de inflação depende deles.
De um lado, há uma previsão de que a fase de altas moderadas dos alimentos está perto do fim e é prevista uma aceleração nos meses finais do ano. Outra incógnita é em relação ao reajuste dos combustíveis, que o governo tenta, a todo custo, segurar para evitar uma maior pressão sobre a inflação.
A Petrobras pleiteia quase que diariamente um reajuste a fim de recompor seu caixa e fazer frente aos pesados investimentos, ainda mais após o leilão do pré-sal marcado para o dia 21.
IPCA sobre em 5 de 9 grupos pesquisados
O IPCA registrou aceleração em cinco dos nove grupos pesquisados na passagem de agosto para setembro. Além de transportes, que puxou a alta da inflação no mês passado, com elevação de 0,44% ante deflação de 0,06% em agosto, o setor de vestuário também teve forte aceleração. O grupo saiu de um avanço de 0,08% em agosto para inflação de 0,63% em setembro.
O grupo de habitação avançou 0,62% em setembro, ante 0,57% em agosto, pressionado pelo preço do gás de botijão (+2,01%) e do aluguel residencial (+0,80%). Alimentação e bebidas também registrou aceleração, após variar apenas 0,01% em agosto. Em setembro, o avanço foi de 0,14%, com destaque para o pão francês que ficou 3,37% mais caro no mês. Além disso, o grupo de saúde e cuidados pessoais registrou leve aceleração, de 0,45% para 0 46% na passagem de agosto para setembro.
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