A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou em junho, devido a menores pressões de remédios, cigarros e empregado doméstico.
O indicador teve alta de 0,38 por cento neste mês, ante avanço de 0,59 por cento em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Analistas ouvidos pela Reuters previam taxa de 0,33 por cento, de acordo com a mediana de 20 estimativas que oscilaram de 0,29 a 0,35 por cento.
"A redução do IPCA-15 foi... equivalente a um decréscimo de 64 por cento de maio para junho. Isso porque itens que haviam pressionado o resultado do mês passado desaceleraram", disse o IBGE em nota.
Esses itens são cigarros --cuja alta passou de 18,42 por cento em maio para 0,57 por cento em junho)--, produtos farmacêuticos --de 3,21 para 0,48 por cento--, empregado doméstico --de 1,35 para 0,80 por cento-- e o grupo vestuário --de 1,23 para 0,94 por cento.
Por outro lado, os preços de alimentos acelerou a alta para 0,70 por cento em junho ante 0,29 por cento em maio.
No primeiro semestre, o IPCA-15 acumulou alta de 2,49 por cento, abaixo do avanço de 3,67 por cento de igual período de 2008.
Em 12 meses, a alta do índice é de 4,89 por cento, abaixo dos 5,44 por cento dos 12 meses imediatamente anteriores.
O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo.
A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.