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Dose exagerada

Inflação pode ficar abaixo da meta em 2006

O Copom usa a taxa básica de juros para "calibrar" a economia, de modo a cumprir a meta de inflação estabelecida no início de cada ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Quando a inflação dá sinais de alta, o Copom eleva os juros; do contrário, reduz. Ou seja: se por um lado empresários e consumidores comemoram inflação baixa, por outro precisam conviver com a taxa de juros "real" mais alta do mundo: descontada a inflação, os juros brasileiros estão em torno de 11%. Isso se reflete no alto custo dos empréstimos bancários, que desestimulam o consumo e o investimento. Para 2006, o CMN estabeleceu como meta uma inflação de 4,5%, podendo oscilar entre um mínimo de 2,5% e um máximo de 6,5%. Se não cumprir esses limites, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, terá de escrever uma carta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicando porque isso aconteceu. O curioso é que, neste ano, pela primeira vez desde a adoção do regime de metas de inflação, em 1999, o Brasil poderá ter inflação abaixo do piso da meta – o que comprovaria reclamações de economistas e empresários, que dizem que o BC exagerou na dose dos juros.

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